Título: Os homens que não amavam as mulheres
Autor: Stieg Larsson
Editora: Companhia das Letras
Páginas: 522
Nota: 10
Comprar: Buscapé
Sinopse: Primeiro volume de trilogia cult de mistério que se tornou fenômeno mundial de vendas, Os homens que não amavam as mulheres traz uma dupla irresistível de protagonistas-detetives: o jornalista Mikael Blomkvist e a genial e perturbada hacker Lisbeth Salander. Juntos eles desvelam uma trama verdadeiramente escabrosa envolvendo a elite sueca.Os homens que não amavam as mulheres é um enigma a portas fechadas - passa-se na circunvizinhança de uma ilha. Em 1966, Harriet Vanger, jovem herdeira de um império industrial, some sem deixar vestígios. No dia de seu desaparecimento, fechara-se o acesso à ilha onde ela e diversos membros de sua extensa família se encontravam. Desde então, a cada ano, Henrik Vanger, o veelho patriarca do clã, recebe uma flor emoldurada - o mesmo presente que Harriet lhe dava, até desaparecer. Ou ser morta. Pois Henrik está convencido de que ela foi assassinada. E que um Vanger a matou.Quase quarenta anos depois o industrial contrata o jornalista Mikael Blomkvist para conduzir uma investigação particular. Mikael, que acabara de ser condenado por difamação contra o financista Wennerström, preocupa-se com a crise de credibilidade que atinge sua revista, a Millennium. Henrik lhe oferece proteção para a Millennium e provas contra Wennerström, se o jornalista consentir em investigar o assassinato de Harriet. Mikael descobre que suas inquirições não são bem-vindas pela família Vanger. E que muitos querem vê-lo pelas costas. De preferência, morto. Com o auxílio de Lisbeth Salander, que conta com uma mente infatigável para a busca de dados - de preferência, os mais sórdidos -, ele logo percebe que a trilha de segredos e perversidades do clã industrial recua até muito antes do desaparecimento ou morte de Harriet. E segue até muito depois.... até um momento presente, desconfortavelmente presente.
"Hoje, se me perguntassem qual é o melhor livro policial que eu já li, eu responderia sem pestanejar: Os homens que não amavam as mulheres, porque Stieg Larsson não apenas tinha a história, mas também soube colocar isso impressionantemente num papel e me fazer ficar apreenssivo em cada nova página virada".
A história tem como pontapé inicial o jornalista Mikael, que acaba de ser condenado por difamação à um gigante de uma empresa sueca. Mikael é editor da revista Millennium, que inclusive dá nome à trilogia, e decide se afastar da revista por algum tempo, para que a imagem desta não fosse prejudicada. Paralelamente a isto, Mikael recebe uma proposta de um homem chamado Henrik Vanger para fazer duas coisas: escrever a biografia da família Vanger e tentar desvendar o assassinato da sobrinha de Henrik, a Hariet, que ele acredita ter sido assassinada por alguém da própria família. A família Vanger é uma família muito perturbada, inclusive alguns de seus integrantes possuem ideais nazistas e outros tem desejos nada normais, além de esconder seus segredos mais sujos.
No meio disso tudo, o destino coloca uma hacker no caminho de Mikael, Lisbeth Salander, uma moça perturbada e anti-social, que o ajudará a desvendar o assassinato. No entanto, mexer na ferida desta família pode ter suas consequências, e o pior de tudo é que eles acabam descobrindo muito mais do que deveria. Mikael se vê numa enrascada, pois cada Vanger é suspeito, e eles já deixaram bem claro que que o melhor é ele voltar para a sua antiga vida e parar com tudo aquilo. o melhor é que Mikael não parou. Ele foi até o fim.
Eu não vou mentir, pois as primeiras cem páginas me fizeram arrastar pelo livro, não porque fossem ruins, mas é porque ainda éramos apresentados à vida de Mikael e paralelamente à da Lisbeth, que foi o que me fez continuar nas primeiras cem páginas. Além disso, os nomes eram suecos e eu sempre me confundia. Mas para a minha alegria, nas outras 422 páginas restantes, eu mal podia desgrudar do livro.
Stieg Larsson criou uma história fascinante, tendo como cenário uma Suécia onde Os homens não amam as mulheres, e eu não estou me referindo a paixão nem nada disso. Os homens aqui gostam de ver o sofrimento das mulheres, e pra ser mais exato eles violentam elas como símbolo de sua superioridade à elas.
O livro é narrado em terceira pessoa, mas não é focado em apenas um personagem. Ele é focado em Mikael e Lisbeth, que são os personagens principais da história.
O enredo é fascinante, pois ao contrário de muitos autores, Stieg não dá indícios de como será o final, mas no entanto, ele dá pistas falsas para que você ache que encontrou o assassino, quando na verdade, está longe disto.
Eu não posso deixar de falar dos personagens, que são um dos mais incomuns que eu já encontrei. Ao começar por Lisbeth que é o tipo de garota gótica que não deixa ninguém se aproximar dela, e o pior é que apesar de sua aparência, ela têm uma inteligência fora do comum. Mikael é também um personagem bem diferente, pois vive uma relação à três (antes era à quatro), e o detalhe é que é uma relação bem aberta entre os 3.
O melhor de todo o livro é o que se descobre durante a investigação, e ao mesmo tempo é de arrepiar, pois você fica se perguntando como alguém poderia fazer aquilo. Fora isto, existem aquelas reviravoltas de 360º que te deixam de boca aberta.
Não é a toa que o livro já vendeu 44 milhões de cópias no mundo inteiro, já ganhou uma adaptação sueca para os 3 livros da trilogia, e agora irá ganhar uma versão americana.
A série era para ser uma decalogia (10 livros), mas o autor morreu antes de terminar o 4º livro, o que é uma pena.
Eu super recomendo o livro e garanto que não vão se arrepender.
Obs.: Todos os livros da trilogia já foram lançados aqui no Brasil.